11 de novembro de 2011
Olá,
Talvez você sinta falta do seu quarto, do seu cachorro, ou, simplesmente, da agradável (ou turbulenta e desesperadora) companhia dos seus pais. O fato é que vai se deparar com uma série de situações novas e por mais que saiba disso ou pense nisso a casa segundo, hoje, não faz ideia do que significa na prática.
“Que vontade de comer aquele macarrão. Esse bolinho de arroz não chega aos pés do da minha mãe. Roupa para passar? Alguém pode fazer surgir rolos de papel higiênico, por favor? Não acredito...acabou o shampoo bem agora. Constatação: televisão e vídeo game podem acabar com a relação. Gastos desenfreados no cartão de crédito também. Quero um chazinho. Pilim, pim, pim, comida fica pronta já! [...]”. Parece tudo muito simples, mas é bem complicado para algumas pessoas.
Deixei para falar das roupas jogadas, da desorganização, das roupas sujas, toalhas molhadas e outras badernas com uma situação real vivida por um casal que está há apenas 1 mês juntos. Tenho que admitir: as mulheres são mais melindrosas e se incomodam mais com essas coisas, mas me empolgo ao dizer que quem está surtando é o homem.
Uma amiga do trabalho me contando que ela e o marido tiveram que passar um bom tempo ouvindo os lamentos do recém-marido – desesperado e inconformado com o jeito um tanto bagunçado de ser da recém-esposa. “Nossa, homem também sofre na adaptação, minha gente!”, pensei.
A coisa tá feia para ele...e homem vocês sabem, faz um drama ainda maior.
Fiquei pensando nas dificuldades que os casais têm que enfrentar (eu tive muitas, supero ainda algumas e sei que há muito que acontecer até a velhice). Penso que a grande questão é o quanto estamos dispostos a abrir de mão de alguns caprichos para aprender com o outro e para respeitar o jeito do outro. Encarar uma nova vida não é nada fácil, mas depende de cada um transformar a fase de adaptação em algo passageiro ou em momentos de arrependimento.
Se serve de consolo, estou conseguindo. Já fiz bolinhos de arroz até que bem gostosos, não falta papel higiênico (ainda tenho problemas com o shampoo, confesso), entre muitas outras superações – simples e mais complicadas. Amo a minha casa e sou defensora de fazermos de tudo e mais um pouco para termos um casamento harmônico e feliz – sem arrependimentos.
Boa sorte e bem-vindos a nova realidade.
